7 de outubro de 2011

Voce já sentiu um frio na espinha ao ouvir um apito de trem?

Uma imagem dos tempos de criança que não sai de minha memória é a das histórias ouvidas ao pé do fogão a lenha na casa de um tio no sul de Minas Gerais. Passaram muitos anos, mas uma das minhas preferidas ainda está viva em mim, tanto que quando penso no “causo” ainda sinto o aroma do café preto com bolo de fubá.

Não era uma daquelas tantas historias de fantasmas. Esta em particular, tinha nome e sobrenome e os personagens moram até hoje nas proximidades.

A moça bonita, de casamento marcado com um ferroviário que morava em outra cidade resolveu terminar o relacionamento, afinal não tinha certeza se gostava tanto dele e talvez até pudesse encontrar um partido melhor, pois além de feio era pobre.

Após muito refletir, resolveu escrever uma carta terminando o noivado e mostrando sinceridade contou com pormenores todos os seus sentimentos. Como a cerimônia seria somente no civil, não haveria muito alarde, apenas saberiam do ocorrido os poucos parentes próximos.

Colocou a carta no correio utilizando um envelope florido de sua coleção e aguardou uma resposta que nunca chegou. Pensou até que seu ex-noivo ficara tão chateado que resolvera não responder, afinal havia escrito todos os motivos que a levaram a romper o noivado.

Certa tarde estava sentada na varanda de sua casa, pensando que se não houvesse enviado aquela carta estaria casada no próximo final de semana, quando ouviu o apito do trem. Um apito diferente do usual que só era ouvido quando seu ex-noivo era o maquinista, uma espécie de código entre eles. Ficou lívida. Estaria ele vindo pessoalmente para resolver a situação? Será que ele faria uma cena de ciúmes e atiraria nela com a velha garrucha que costumava usar sob o uniforme? Enquanto pensava em tudo isto viu o ex-noivo acompanhado de toda a família virar a esquina de sua casa. Pensou consigo: O tempo vai fechar....

O ex-noivo se aproximou, beijou-a no rosto como sempre fazia e perguntou sobre os preparativos do casamento.

A carta se extraviou, ela deduziu rapidamente.

A presença de todas aquelas pessoas intimidou-a e não teve coragem de levar seu plano adiante. Seus pais certamente achariam uma maneira de contornar a situação e explicar que o casamento fora marcado novamente na mesma data e horário, afinal o numero de parentes não chegava a uma dezena.

Casaram-se. Viajaram para a cidade do noivo e passaram a primeira noite no velho Hotel da Estação, “o maior, o mais confortável” e único da cidade.

O marido havia alugado uma pequena casa no fim da rua de cima, uma casinha branca com flores nas janelas de onde se avistava boa parte da região. Numa manha de sábado, após 3 meses do casamento, o casal estava regando as flores quando ela viu um funcionário da estrada de ferro vir em direção a eles, trazendo na mão um envelope florido que ela tão bem conhecia. Sentiu seu sangue ir todo para a cabeça, a seguir uma forte tontura e o mundo girando, até que caiu desacordada.

A carta extraviada que punha fim ao noivado chegara as mãos de seu quase ex-noivo e agora talvez seu ex-marido. Aquela mesma onde ela escrevera que ele era feio e pobre e que nunca poderia ser feliz ao lado dele e que por ser jovem e bonita certamente haveria dezenas de melhores pretendentes na região.

Foi uma situação constrangedora onde até o velho Monsenhor teve que intervir e que só se resolveu depois que a gravidez se manifestou, porém só voltaram a se falar a caminho da maternidade, mais de 8 meses depois do ocorrido

Ontem contei este caso para meu neto que ouviu com muita atenção e após pensar um pouco perguntou: Vovô, não seria mais fácil ela ter enviado um torpedo?

Os avanços da tecnologia foram tão significativos nos últimos 10 anos que é difícil para alguém desta geração entender como a vida era possível sem a tecnologia atual.

O uso da tecnologia, de tão disseminado, tende a nivelar a operação das empresas que operam quase que de forma padronizada. A esta situação devemos observar que as margens de lucratividade estão se achatando devido a grande concorrência existente em todos os segmentos de mercado. O que então, seria o diferencial na operação desta ou daquela empresa? Qual seria um dos fatores significativos do êxito de alguns de nossos concorrentes?

Certamente a resposta a estas perguntas necessariamente passa pela capacitação e a competência de nossa equipe que se bem treinada e bem conduzida, “vestirá a camisa” da empresa proporcionando melhora nos resultados e conseqüentemente a solidificação do posicionamento estratégico.

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