23 de outubro de 2014

Soft Skills–Um desafio para o pessoal de RH

soft-skills-um-desafio-para-o-pessoal-do-rh

 

Algumas vezes substituímos os móveis da empresa por outros de design mais moderno ou de cores mais atraentes e não observamos impacto significativo nos resultados da organização.

Isto acontece também com alguns profissionais, que mesmo sendo excelentes técnicos, se substituídos por outros de igual capacidade técnica, pouco influenciarão no desenvolvimento das operações.

Existe um diferencial em cada colaborador que o distingue dos demais - são os Soft Skills ou competências não técnicas. Quando temos em nossa equipe elementos que sabem manter um bom relacionamento, que têm criatividade e ética, que sejam alegres e motivados, certamente se este funcionário for substituído o desempenho da equipe será pior, a não ser que seja substituído por outro de igual capacidade técnica e com competências comportamentais semelhantes.

Infelizmente muitas empresas ainda selecionam profissionais apenas pela sua experiência e conhecimento técnico, porém quando são colocados em uma equipe não agregam valor e até atrapalham para que os objetivos sejam atingidos. Peter Drucker disse que “somos contratados pelas competências técnicas e somos demitidos pelas nossas competências comportamentais”, o que evidencia a importância do comportamento do colaborador.

Soft Skills são o grande desafio para o pessoal do RH que para conduzir uma boa seleção deverá conhecer detalhadamente os processos internos, a cadeia produtiva e a de valores da organização. Deverá também ter um detalhamento criterioso das competências básicas não técnicas necessárias a cada função. Somadas a estas competências deverão ter definidos os comportamentos comuns desejados em todos os níveis, características estas que farão a imagem da empresa perante o mercado e mesmo entre os próprios funcionários; é o conjunto destas características que auxiliam a empresa a se tornar the best place to work.

Se o setor de Recrutamento e Seleção tem a importante tarefa de buscar no mercado os profissionais que estejam alinhados com a missão e os valores da empresa, não menos importante é a responsabilidade do setor de Treinamento e Desenvolvimento que paralelamente ao treinamento técnico operacional deverá dedicar especial atenção ao aprimoramento comportamental dos colaboradores que, por uma razão ou outra, foram admitidos apenas pelas suas competências técnicas ou pela experiência na função.

Pessoalmente acho mais econômico e vantajoso recrutar um profissional que tenha as características comportamentais alinhadas com as da organização, porém de menor nível de especialização que um excelente técnico que tenha deficiência nas áreas comportamentais, pois tecnologia com razoáveis programas de treinamento ou mentoria pode ser adquirida com rapidez, mas mudar hábitos de anos é muito mais difícil, mas não impossível.

16 de outubro de 2014

Quinto Nível da Liderança

quinto-nivel-da-lideranca

O sucesso de uma empresa depende do número de líderes que ela tem.

O líder de hoje tem que se despir de todos os envoltórios impostos ao longo de sua vida para que possa ter uma visão real do mundo que o cerca. Quanto mais nos aprofundamos no estudo da liderança mais nos aproximamos da simplicidade de seus princípios, fazendo com que as características necessárias ao líder se tornem muito evidentes, porém de difícil assimilação, pois vêm na contramão daquilo com que o mundo atual nos adestra e nos sinaliza como vantagens.

De um modo geral, os valores com que diariamente somos bombardeados, caminham em sentidos opostos aos requisitos essenciais para a formação de um líder, pois no século XXI pode parecer anacrônico falar em vida profissional e excelência nas atitudes, excelência nos relacionamentos, excelência no auxílio ao próximo, humildade, generosidade e principalmente ter o Amor como forma de comportamento, mas sem estes atributos dificilmente a liderança será conquistada.

Li uma definição que dizia que liderança é a capacidade de influenciar pessoas, outra que liderar é identificar e satisfazer necessidades de pessoas ou grupos, mas todas têm em comum o fato de que relacionam liderança com pessoas. O mundo atual é muito dinâmico fazendo com que os indivíduos também o sejam, portanto o conceito de liderança deve acompanhar a evolução das pessoas, tanto que dizemos que atualmente estamos vivenciando um conceito de liderança de quinto estágio.

Quatro modelos de liderança já foram adotados, mas continuamos na busca de um modelo que leve à igualdade e ao serviço entre líderes e liderados e onde o poder dá lugar à autoridade, sem autoritarismo e intolerância quanto às diversidades. Neste conceito a humildade e a espiritualidade estão presentes, fazendo do líder um indivíduo tranquilo pela segurança do sucesso.

No mundo corporativo tínhamos como primeiro estágio de liderança o profissional capaz e especialista que trazia para si todas ações do grupo amparadas pelos seus sólidos conhecimentos e especialização. A seguir tivemos o colaborador de equipe: um profissional competente que colaborava quando necessário com seus pares.

Sob um determinado aspecto a liderança foi também exercida por um Gerente competente que era um chefe, muito capaz, que administrava por objetivos mantendo certa proximidade com a equipe.

Nos últimos anos muito se falou em Liderança Eficaz. Um conceito bastante importante que foi um estágio intermediário e de transição para o nível atual, quando o líder necessita ter uma estranha mistura de humildade e firme vontade profissional, além de um espírito ambicioso, não para proveito próprio, mas por tudo que se refere à empresa.

É um comportamento paradoxal o do líder atual, pois enquanto são modestos em relação a si mesmos são auto-estimulados a gerar resultados contínuos e excelentes, com muita determinação em trazer benefícios para a empresa, não importando o nível de sacrifício necessário para que o objetivo seja atingido.

Por mais que o novo líder esteja voltado a objetivos e às excelências profissionais, ele sempre deverá priorizar o lado humano, espiritual e de serviço que devem fazer parte de seu comportamento usual.

A visão espiritual, não religiosa, do líder faz com que ele tenha tranquilidade para atravessar tempestades, enxergando sempre além das nuvens e do vendaval. Os líderes de quinto nível deverão ter o comportamento do pássaro que descansa em um galho que é balançado pelo vento e açoitado pela tempestade, mas mantém o espírito tranquilo no futuro e aguarda a tormenta passar para buscar com determinação os melhores gravetos para construir seu novo ninho.

As organizações precisam investir na formação deste tipo de líder, pois eles serão os balizadores de novos direcionamentos e, como enxergam mais longe conduzirão suas empresas para cenários mais tranquilos, unindo harmonia e produtividade.