11 de maio de 2009

O ator que acena em meio a cena.

Atualmente no ambiente de trabalho invariavelmente as conversas abordam a crise que estamos passando e as conseqüências para a empresa e para a carreira de cada um.
Sempre existe um colega que escutou dizer que mais cedo ou mais tarde haverá um “downsize“ na empresa e que uma reengenharia será implantada na semana que vem, ou em outras palavras: haverá demissões.
Em momentos de conversas mais brandas e menos catastróficas o assunto é a insatisfação com o emprego atual e com a confusão generalizada em que se tornou a empresa: ninguém mais reconhece o valor de ninguém, está todo mundo pensando em si próprio, parece que a empresa perdeu o rumo e está todo mundo perdido.
Algumas empresas, ao menor risco de turbulência, se desestruturam com relativa facilidade e perdem o comando e a motivação. O ambiente supostamente seguro torna-se um local com armadilhas de todos os tipos que resultam em ações desencontradas, como se cada um corresse em uma direção a fim de salvar a sua pele, ou melhor, o seu posto de trabalho.
Este é o cenário propicio para que surja um novo ator em cena: o líder. É ele que sabe mostrar o caminho e influenciar o pessoal para que siga na direção certa, sem atropelos e com a máxima eficiência.
A situação ideal seria que o gestor da área tivesse as habilidades necessárias para exercer o comando da equipe, porém quase sempre isto não acontece, normalmente por falta de programas para desenvolvimento de lideranças, que necessitam investimentos e conscientização de sua eficiência em todos os níveis da Empresa.
Se o gestor não possui as habilidades necessárias para a liderança, certamente alguém do grupo fará este papel e se não estiver alinhado com a missão, com os valores e a visão da Empresa, esta liderança não será proveitosa.
De uma forma ou de outra, teremos um líder em ação. Um ator que em meio a um cenário desordenado e de incertezas sabe acenar para o grupo indicando o caminho a ser seguido e orientando para que todos cheguem a algum lugar.
O líder é aquele que enxerga mais longe, sabe aonde quer chegar, pois a liderança é um esforço consciente que com as habilidades necessárias conduz o grupo para que se atinja o objetivo comum.
Em momentos onde o cenário parece nebuloso sem que se consiga visualizar o que vem a seguir é de capital importância que se implante um programa de formação e identificação de líderes. Se após a análise inicial descobrirmos que nossos gestores também são líderes estaremos no caminho certo bastando apenas ajustar o planejamento estratégico para as circunstancias atuais.
Se, porém após a avaliação inicial descobrirmos que nossos gestores não são lideres, ai sim, será necessário promover mudanças: transformando os bons gestores em lideres e preparando os bons lideres para exercerem cargos gerenciais substituindo os maus gestores.
O que não pode acontecer é termos nas circunstancias atuais, profissionais de boa vontade e pouco profissionalismo ocupando cargos que se tornam figurativos pela falta de competência e habilidade de comando.

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